Variedades

Este espaço é voltado para meus desabafos que podem ou não interessar ao caro leitor. Não escrevo à toa. Encontro na escrita, uma maneira de me tornar melhor e mais leve. E, quando inspirada, realmente consigo me sentir assim. tenho certeza que estou sendo auxiliada, de alguma forma, por bons amigos.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

O que é ser um casal?


Bunitinhu!

Hoje, a modernidade nos dá muitas opções de ter um “par”. As escolhas sexuais estão sendo vistas como “naturais” e as relações também (sexuais). Na época da minha avó, as mulheres casavam virgens. Na geração da minha mãe, também, mas já não era tão escandaloso como outrora, mesmo assim, minha mãe casou-se “intacta” e só teve um “homem” por muito e muito tempo. Hoje, as mulheres entenderam que desejo sexual não é só uma necessidade ou “característica” masculina e estão tomando as rédeas da sua sexualidade, das suas vontades. Mas, ponderemos. Algumas mulheres querem igualdade nesse aspecto porque não acham justo que, quando os homens são muito “ativos”, são denominados “machões”, “o comedor”. Se a mulher faz isso, ela ainda é a vagabunda, a galinha, a que “dá pra todo mundo” e etc. O que eu quero dizer com isso e o que esse assunto tem haver com o titulo do meu artigo? Tudo! Com a mudança da sexualidade, com o advento da “independência” feminina, a maioria dos homens ainda está na “caverna”, não de Platão, mas da era paleolítica em que a mulher precisava cuidar do “macho” e da cria, além de cuidar da “casa”, coletar sementes, etc.

E, pasmem, hoje em dia ainda é assim. A mulher tem de ser boa esposa, boa amante, boa mãe, boa nora, boa dona de casa, boa amiga, boa profissional e por aí vai. Só que os homens esquecem o significado da palavra “casal”. Quando namoramos, somos casal. Quando ficamos, somos casal. Quando somos amantes, somos casal e quando casamos, também somos “casal”. “Casal” significa que duas pessoas estão juntas, independente do tempo. O dicionário define como 1. Par composto de macho e fêmea (animais) ou de mulher e homem (pessoas); 2. P.ext. Par de qualquer coisa. E, antropologicamente falando, subentende-se que cada um tem suas “obrigações”, seus deveres e direitos porque vivemos em uma sociedade que nos cobra isso, senão viveríamos em uma “anarquia”. Isso pode e deve ser usado nas relações humanas e conjugais.

Por que não?

Carinho bom??
Há muito vejo casais felizes, tristes, cansados, egoístas, otimistas, pessimistas, duradouros ou não, risonhos, medonhos, tediosos e por aí vai... E, o que fazer quando o homem ainda faz parte da “era paleolítica”? Não sei essa resposta! Somos culpadas, nós mulheres, mães, esposas, noras, amantes, donas de casa, pois deixamos que eles pensem que ainda fazem parte da Era da Pedra Lascada! Naquele tempo, os homens só precisavam caçar, buscar comida e tava tudo certo. Então, a história não foi muito boa conosco e ainda damos “corda” pra essa história. Não estou propondo uma revolução porque confesso que não sou feminista, mas acho que devemos ensinar nossos homens, sejam eles maridos, filhos, colegas de trabalhos, chefes, que os tempos mudaram e que o papel da mulher na sociedade sempre foi fundamental, mas agora é mais fundamental ainda.

Carinho bom!
O Brasil tem a primeira Presidente mulher da história! A nossa vizinha Argentina também. Tivemos Margareth Thatcher, a primeira mulher a dirigir uma democracia moderna, a Rainha Elizabeth, entre tantas outras que mostraram que podiam ser admiradas e respeitadas por serem “polivalentes”, então, por que nossos homens não podem torcer que sejamos reconhecidas em nosso emprego, que tenhamos nossas próprias opiniões, que decidamos junto a eles o futuro do casal, etc, etc, etc. Por que eles ainda acham que tem o direito de decidir onde devemos trabalhar, onde devemos morar, o que devemos fazer com o dinheiro da casa? Por que eles ainda, mesmo com todo esse “poderio”, ainda se comportam como verdadeiros bebês quando indagados, pressionados ou contrariados? Por que colocamos nas mãos deles, por exemplo, o futuro da relação entre o casal? Por que ainda esperamos que eles digam que “querem” nos ter como namoradas, amantes, esposas, amigas, etc? Por que ainda sentem tanto medo de compartilhar decisões, emoções, alegrias?

Gostaria de saber.

Alguns homens são tão egoístas que preferem que suas mulheres sejam infelizes dentro de casa, por capricho, por não quererem que elas tomem as próprias decisões. Casal, no meu entender, é uma dupla de companheiros que se dão as mãos e caminham juntos. Quando um está bem, o outro forçosamente precisa fazer tudo pra ficar também, mesmo que esteja triste. A bíblia diz que “quando um homem deixa a sua casa e se junta a uma mulher, eles se tornam uma só carne”, mas não é isso que vejo em muitos casais por aí. Então, pensemos todos: homens e mulheres. Somos realmente um casal? Porque eu nunca vi um casal de uma pessoa só.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Wake Up


Um dia você simplesmente acorda e vê a vida com outros olhares. Como no facebook, vislumbra uma linha do tempo, com os melhores momentos da caminhada, mas diferente deste, olha para os tropeços. E comemora com ar de criança que fora a uns anos perdidos na memória, como naquele dia que recebeu o brinquedo que tanto queria... comemora a vida que renasce todos os dias. Comemora as histórias, ora boas, ora nem tanto e chega à conclusão que “tudo vale à pena se a alma não é pequena” e concorda, enfim, com Fernando Pessoa. 

“Tudo vale à pena” faz sentido quando se olha os anos que já se foram com sentimento de quem cumpriu seu dever diário, sem culpas, sem amarras. Acordei, enfim, de um longo sono de ressaca. Uma ressaca de quem bebeu anos da fonte da insegurança e da estupidez. Não que hoje não seja estúpida ou insegura. É que hoje assumo isso e, por si só começo a dar passos pra frente. Claro, não deixo de olhar pra trás, mas já não sinto a necessidade de voltar a algum ponto do meu caminho, simplesmente porque hoje aceito que a estrada não é a mesma porque eu já não sou a mesma. 

Durante a minha não tão longa caminhada, tropecei diversas vezes; parei em alguns tropeços pra pegar fôlego ou simplesmente pra curtir a minha dor, que sempre foi só minha. Além de tombos, tropeções, também nesse manual de viagem estão as quedas, conseqüências de “passadas de pés ou pernas” de pessoas que acharam que poderiam me derrubar. Algumas até conseguiram, mas esqueceram que ainda tenho pernas e forças pra me reerguer e ajuda de pessoas queridas, que sempre estiveram comigo, mesmo que só como expectadores. 

Em alguns momentos, senti-me um verdadeiro Forrest Gump quando em perigo: corri! Corri tanto, mais tanto... e não cheguei a lugar nenhum e hoje sei o motivo: porque não se chega a lugar nenhum quando se deixa o medo tomar as rédeas de sua vida. O Pe. Fábio de Melo, em uma de suas canções fala que “medos nos paralisam” e paralisam mesmo. É como naquela brincadeira de estátua... o medo é a voz que diz “estátua” e você, por muito tempo, fica esperando alguém te pegar pra descongelar. Continuo a ter medo. Mas, quando acordei, vi que o medo é inerente ao ser humano, mas ele também pode nos mover se o encararmos como desafio. 

Hoje, dia 23 de fevereiro, desafio os meus medos, “rio na cara do perigo”, como disse o pequeno Simba, filho do Rei Leão, sem saber que armavam uma emboscada pra ele. E amanhã? Ainda não sei... as emboscadas sempre vão existir, pois ainda há muito pra fazer, pra trabalhar, para que nós e as pessoas ao redor, possam evoluir e querer ser melhores uma para as outras e “não melhores que as outras”. E quando olho a “minha linha do tempo” vejo que “Tudo Vale a Pena se a alma não é pequena”.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O que você não aguenta mais e gostaria de não passar em 2012?


Por um 2012 melhor...
Papai do céu, não aguento mais esses homens tristes que teimam em cruzar o meu caminho.  Segundo seus ensinamentos (de Deus), precisamos amar o nosso próximo como a nós mesmos, mas os homens (principalmente) não entendem essa premissa. Quando os tratamos com amor, eles acham que queremos casar e ter filhos. Quando os tratamos com desdém, eles pensam que estão numa corrida de kart e correm pra “ganhar” a nossa atenção. Quando os tratamos com indiferença, somos consideradas “cús” doce. Quando "damos" no primeiro encontro, somos fáceis. Quando não damos, somo difíceis e por aí vai. O pior de tudo é quando encontramos um cara legal, mas que já foi magoado pela pessoa errada e, por isso, se acha no direito de descontar na próxima que vier toda a sua amargura ou trauma que não foi causado por nós, não é injusto?

Coração partido dói... pra caralho!
Vamos combinar, mulheres lidam melhor com a dor. Seja ela qual for: a de parto ou a de um coração partido. Às vezes, fechamo-nos como conchinhas, mas abrimos com mais facilidade e com sinceridade. Homem não. Conheci um cara por quem me apaixonei e sei que ele também se apaixonou porque, outra coisa que temos de reconhecer é que sabemos quando um homem está interessado em fast food ou em comida caseira, se é que vocês me entendem. E esse, no começo, até que tava interessado em fast food, mas depois não. Daí, vem com aquele papo “terminei um namoro de 10 anos recentemente, não quero me envolver”. Como um cara não quer se envolver com uma mulher que ele já sai há 4 meses, que já conhece suas amigas e que te liga no meio da noite dizendo que está com saudades? Que tipo de homem é esse? É crueldade? É premetitação? É medo? Vai saber! Depois nós mulheres é que somos complicadas.

A gente sempre leva a fama...
Mas, em 2012, quero mesmo é fugir dos complicados. Detesto homem complicado e indeciso. Ei!!! Será que vocês não se tocam? Não são todas as vezes que queremos namorar! Também queremos experimentar como vocês fazem. Queremos conhecer melhor, queremos ver se dá pra investir ou se não dá. Não está na mão de vocês sempre. Tirem essa merda de machismo da cabeça! Pode ser que o primiero encontro tenha sido maravilhoso, mas pode ser que o segundo e o terceiro não. Também podemos escolher e falar “o problema não é você, sou eu”! 


Egoísta! kkk
Vivemos em pleno século 21, tempos de grandes acontecimentos. Temos uma mulher como presidente que tem mais colhões que muitos homens por aí! Quando nos envolvemos é porque achamos que vale a pena. Quase sempre queremos um segundo encontro pra tirar as dúvidas! Deixem de ser egoístas. Não são todas as mulheres que são carentes. Algumas são decididas, só isso. E vocês precisam párar com essa merda de achar que a decisão está nas mãos de vocês. Desarmem-se. Se terminaram um namoro recentemente e não querem se envolver, dêem um tempo pra vocês. Não procurem mulheres que valham a pena. Fiquem com aquelas que vocês sabem que não vão permanecer. Reserve-se. Dê o direito e o prazer de conquistar uma mulher, aquelas que vocês mesmo dizem que são: legais, lindas, especiais. Não estraguem tudo. Decidam-se. Deixem o muro pra subir quando estiverem com medo e precisarem de um lugar alto pra se proteger.

Acho q o coração deles não é no peito...
Ahhhh! Outra coisa muito importante: pensamos com o cérebro, não com a vagina ou com nossos hormônios! Outro fator que nos diferencia. Ou não. Conheço homens que entram no balaio que a própria raça os impôs só porque a maioria pensa assim (ou não pensa). Mulher não quer só sexo. E, olha só, nós mentimos muito bem um orgasmo, vocês não podem! Como podem saber se foi bom? Se vocês parassem pra observar e sentir o que a sua companheira está sentindo, a cara que ela faz, não errariam tanto e deixariam de se vangloriar por aí dizendo que são os maiorais, essas coisas primitivas que os homens adoooram fazer. Ah, e vocês mentem também... e como mentem. E, mais um segredinho: a mulher (quase) sempre sabe quando vocês estão mentindo. Não revelamos pra não deixar vocês pra baixo, algumas acham até que podem perder o controle da relação. Eu não penso assim. Mentira é mentira e ponto! Não dá pra levar uma vida com um homem mentiroso.

Papai do céu, livra-me, não só a mim, mas minhas amigas que, como eu, sabem que são especiais, modernas, bonitas, independentes e bem-humoradas de homens confusos, mentirosos, indecisos, retardados ou cegos! Amém!!

Atendei a minha prece, amém!!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Se, por Rudyard Kipling

Poema escrito por Rudyard Kipling, não, não é o macaquinho daquela marca famosa! Kipling foi um autor e poeta britânico que nasceu na cidade de Bombaim, na Índia, mas aos sete anos foi para a Inglaterra. Ganhou, em 1907, o nobel da Lieratura. Esse poema aqui transcrito, chama-se originalmente "If" e é símbolo dos Cadetes da Academia da Força Aérea Britânica. A primeira vez que o escutei, fiquei impressionada e resolvi pesquisar sobre o autor e descobri que passou por "poucas e boas" nas mãos de uma família que não era a sua, mas que essas experiências acabaram por ajudar na vida literária do autor, segundo ele mesmo. O poema "If" ou "Se", em português, é um lindo retrato da vida e como devemos leva-lá. Pelo menos foi isso que consegui abstrair dele.

Rudyard Kipling, autor britânico
Se
Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa.

Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.

Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires,
tratar da mesma forma a esses dois impostores.

Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.

Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida.
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.

De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!

Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.

Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu filho!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Lealdade de um cão


Como as coisas são engraçadas. Quando era criança, minha mãe pegou uma cachorrinha pra criar porque meu irmão Davi tinha medo de cachorro e, com essa atitude, a mamãe pensou que resolveria o problema dele. E não é que resolveu? Ela viveu por longos 16 anos! E nós não demos o valor que ela sempre nos dedicou. Passava a maior parte do tempo presa, tomava banho quando um de nós nos lembrávamos, ficávamos irritados com os latidos que, pioraram quando ela começou a ficar velhinha porque já não enxergava mais. Quando lembro disso, me dá uma dor no peito! Mesmo não sendo um “ser humano”, ela merecia muito mais o nosso respeito, o nosso carinho, o nosso amor. Uma vez, o meu pai viajou e ficamos sozinhos com a minha mãe em casa. Acho que os ladrões repararam a ausência do papai e tentaram entrar em casa pelo teto, mas a Tchola não deixou eles entrarem. Fez tanto escândalo, qua acordou toda a vizinhança e conseguiram ver a tentativa de entrada em casa e a polícia foi bater lá. No final, ela nos salvou! Quando os meus pais se separaram, ela sofreu tanto quanto nós, afinal ela escolhera um dono: o papai. Ele saiu de casa e ela ficou. A morte da nossa cachorrinha foi muito dolorosa. Ela morreu de câncer no útero. Se isolou e não deixou ninguém chegar perto. Não cheguei a ver, só ouvia os gemidos e aquele som agoniante ainda permeia a minha cabeça. Como não tínhamos mais quintal, meus irmãos pegaram o corpo dela e jogaram em um terreno abandonado.

Lilica com quatro meses
Anos depois fui morar em Paragominas. Longe de toda a minha família. Sentia-me tão sozinha... meu ex-marido trabalhava o dia todo e, várias vezes na semana, dormia sozinha porque ele trabalhava de turno. Aquela solidão era angustiante, foi quando tive a melhor das melhores idéias da minha vida: comprar um poodle. Sim, um poodle. Pesquisei na internet o temperamento da raça pra saber se iria combinar comigo e descobri que era um cãozinho de origem francesa, de companhia, temperamento esperto, alerta, ativo e muito, mais muito inteligente. Comecei a procurar nos pets em Belém, mas ainda estavam caros pro meu bolso. Resolvi então procurar nos classificados. Achei um anúncio que falava de tres filhotes de poodle toy com dois meses de nascidos.

Eu lá fui me embrenhar pra Sacramenta, sozinha sem o meu marido (na época) saber porque ele não queria de jeito nenhum. Quando cheguei na casa da mulher e vi aqueles dois cachorrinhos – é porque ela já havia vendido um –, me apaixonei por aquela coisinha pequetitinha e quietinha, cor de champanhe. – Preço, por favor? R$ 250,00. Lascou-se! Não tinha o dinheiro. Foi um parto. Mas, sou insistente e consegui. Levei minha Lilica pra casa depois de três visitas! E como ela me ajudou. Como ela me ajuda. Como ela é a “coisa” mais fiel do mundo! É verdade, é meio tola, mas não me importo. Quase perdi ela uma vez e a dor foi tão grande... prometi pra mim mesma que nunca mais iria maltratar um animalzinho como fizemos com a Tchola. Olho pra Lilica e vejo os olhos da minha cachorra falecida. Ela é a única criatura que me recebe, TODAS AS VEZES, com alegria. Não importa a hora, de que jeito. Quando brigo com ela, é impressionante o que ela faz pra chamar a minha atenção. E, depois que me separei, senti uma mudança nela incrível. Ela passou a me proteger de uma forma absurda! Quando alguém se aproxima de mim, com voz alterada, ela avança! Não é mentira! Ela estava tão acostumada com a nossa rotina, quando era casada, que depois, ela teve de reaprender. Por muitos meses, a Lilica ficava esperando, na porta de casa, sempre às 19h30, que era a hora que ele chegava. Ficava olhando atônita àquilo! Mas, acho que ela percebeu que ele não ia mais voltar. Talvez, com seu instito, ela sinta que preciso de mais proteção. Vai saber.

Será que essa cara engana alguém?? Nunca me enganou!
Só sei que a minha Lilica é um serzinho impressionante e é impossível dizer que ela não é inteligente. Sabe qual a coleira de passeio e sabe a que vai prendê-la. Sabe quando vamos sair e ela vai ficar. Sabe a hora que chego do trabalho. Só levanta da caminha dela, quando levanto da minha. Me dá amor incondicionalmente. Por isso, hoje posso dizer que não é frescura o que muita gente faz por seus animais de estimação. É que, ao contrário de muito ser humano, eles são fiéis até a morte. Eles não vão te machucar nunca. Seria bom se os homens parassem para ver o exemplo dos cães. Não, não dá pra chamar um homem de cachorro. Cachorro é leal e a maioria dos homens, não é. Quando ama, ama pra sempre e se dedica. Pega chuva pra te esperar no portão. Entre outras tantas coisas. A Lilica foi o melhor presente que já ganhei na vida! Aprendo muito com ela, principalmente o que é amor...