Variedades

Este espaço é voltado para meus desabafos que podem ou não interessar ao caro leitor. Não escrevo à toa. Encontro na escrita, uma maneira de me tornar melhor e mais leve. E, quando inspirada, realmente consigo me sentir assim. tenho certeza que estou sendo auxiliada, de alguma forma, por bons amigos.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Wake Up


Um dia você simplesmente acorda e vê a vida com outros olhares. Como no facebook, vislumbra uma linha do tempo, com os melhores momentos da caminhada, mas diferente deste, olha para os tropeços. E comemora com ar de criança que fora a uns anos perdidos na memória, como naquele dia que recebeu o brinquedo que tanto queria... comemora a vida que renasce todos os dias. Comemora as histórias, ora boas, ora nem tanto e chega à conclusão que “tudo vale à pena se a alma não é pequena” e concorda, enfim, com Fernando Pessoa. 

“Tudo vale à pena” faz sentido quando se olha os anos que já se foram com sentimento de quem cumpriu seu dever diário, sem culpas, sem amarras. Acordei, enfim, de um longo sono de ressaca. Uma ressaca de quem bebeu anos da fonte da insegurança e da estupidez. Não que hoje não seja estúpida ou insegura. É que hoje assumo isso e, por si só começo a dar passos pra frente. Claro, não deixo de olhar pra trás, mas já não sinto a necessidade de voltar a algum ponto do meu caminho, simplesmente porque hoje aceito que a estrada não é a mesma porque eu já não sou a mesma. 

Durante a minha não tão longa caminhada, tropecei diversas vezes; parei em alguns tropeços pra pegar fôlego ou simplesmente pra curtir a minha dor, que sempre foi só minha. Além de tombos, tropeções, também nesse manual de viagem estão as quedas, conseqüências de “passadas de pés ou pernas” de pessoas que acharam que poderiam me derrubar. Algumas até conseguiram, mas esqueceram que ainda tenho pernas e forças pra me reerguer e ajuda de pessoas queridas, que sempre estiveram comigo, mesmo que só como expectadores. 

Em alguns momentos, senti-me um verdadeiro Forrest Gump quando em perigo: corri! Corri tanto, mais tanto... e não cheguei a lugar nenhum e hoje sei o motivo: porque não se chega a lugar nenhum quando se deixa o medo tomar as rédeas de sua vida. O Pe. Fábio de Melo, em uma de suas canções fala que “medos nos paralisam” e paralisam mesmo. É como naquela brincadeira de estátua... o medo é a voz que diz “estátua” e você, por muito tempo, fica esperando alguém te pegar pra descongelar. Continuo a ter medo. Mas, quando acordei, vi que o medo é inerente ao ser humano, mas ele também pode nos mover se o encararmos como desafio. 

Hoje, dia 23 de fevereiro, desafio os meus medos, “rio na cara do perigo”, como disse o pequeno Simba, filho do Rei Leão, sem saber que armavam uma emboscada pra ele. E amanhã? Ainda não sei... as emboscadas sempre vão existir, pois ainda há muito pra fazer, pra trabalhar, para que nós e as pessoas ao redor, possam evoluir e querer ser melhores uma para as outras e “não melhores que as outras”. E quando olho a “minha linha do tempo” vejo que “Tudo Vale a Pena se a alma não é pequena”.

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