Não sei realmente o motiva de estar aqui neste mundo. Não tenho nem uma vaga idéia, porque me acho uma pessoa comum, cheia de defeitos e manias terríveis. Pessoas entram e saem da minha vida como clientes em uma loja de departamento: algumas entram para olhar, outras para roubar, outras para comprar, etc, ou seja, sempre querem ou buscam algo. Na verdade, isso é inerente a nós. Meu pai costuma dizer que relacionamentos são movidos a interesse, qualquer um deles: seja profissional, de amizade ou um romance. Então, algumas vezes paro pra pensar na minha vida e de como ela está passando depressa e o quanto ainda perco tempo com pequenas e vazias.
Acabei de ver um filme que me fez pensar nessa busca incessante que algumas pessoas tem sobre o sentido da vida e onde está Deus nisso tudo: Comer, Rezar e Amar. Identifiquei-me muito com a Liz porque sempre me vi fazendo coisas que realmente não queria, só para não me sentir só ou rejeitada. Apesar de hoje achar que não preciso de um homem para ser feliz, entretanto preciso de amor. E onde nós o encontramos? No filme, a Julia Roberts (Liz) diz que precisa do perdão do ex-marido para poder se libertar, e um amigo dela, o que parece o James Taylor, diz que ela só precisa se perdoar. Acho que preciso disso: me perdoar por tudo o que fiz e que não fiz por meu casamento. Sabia que mais dia, menos dia, iríamos nos separar, mas nunca pensei que fosse assim. A Liz abriu mão da vida que tinha e foi buscar paz muito longe de casa. Ao fim, ela percebeu que tudo estava dentro de si mesmo.
Deixar de amar uma pessoa que sempre se amou não é tarefa fácil, não importa muito o que ele me fez, embora devesse importar. O que posso dizer sobre mim é que aprendi que amores precisam florescer, serem cuidados e que e que não são como cocas-cola que encontramos nas esquinas. Algumas pessoas só amam uma vez na vida, outras mais de uma vez e ainda há aquelas que nunca amaram, pobres coitadas. Eu amei com toda a intensidade do meu coração e fui feliz, apesar de ter durado pouco, mas o tempo certo para Deus. E, hoje, o que realmente importa e faz sentido na minha vida é a minha família: mãe, pai, sobrinho, irmãos, cunhadas, além dos poucos, mas fiéis, amigos.